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Festival ocupou as ruas de cidades de todo o Brasil com programação gratuita sobre direito à cidade, mobilidade ativa e arte urbana

A iniciativa do Instituto Aromeiazero reuniu cicloativistas, educadores, músicos, ilustradores, grafiteiros, e promoveu oficinas culturais e educativas gratuitas em São Paulo, Campinas, Fortaleza, Blumenau e Manaus

Em 2023, o Festival Bike Arte Brasil retornou às ruas do país para celebrar a cultura urbana, a mobilidade sustentável e a inclusão social. O evento passou por São Paulo, Campinas, Fortaleza, Blumenau e Manaus, envolvendo mais de 7000 participantes, dentre público, artistas e cicloativistas. Muito mais do que um Festival, a iniciativa do Instituto Aromeiazero surgiu em 2012 como um ato de resistência e reivindicação ao direito à cidade para todas as pessoas.

“Em termos de impacto, o Festival Bike Arte Brasil não só trouxe visibilidade à cultura urbana e à mobilidade sustentável, mas também fortaleceu as redes comunitárias e fomentou a inclusão social nas áreas em que atuamos. Acreditamos que essa interação e troca de experiências são essenciais para a construção de cidades mais justas e acessíveis. Estamos ansiosos para expandir nossas atividades e impactar ainda mais territórios”, Carol Pires, coordenadora do Festival.

O Festival contou com 5 edições e um total de 88 inscritos para as oficinas educativas e culturais ofertadas, sendo 60% mulheres, 40% homens e 10% pessoas trans. No total, foram realizadas 16 atividades, incluindo oficinas de Lambe-Lambe, graffiti e manutenção de bicicletas, que atraíram 555 participantes. Além disso, foram realizados 10 roteiros culturais em parceria com coletivos locais, como Pedala Livre, É Nós Bike, Coletivo ServiLost, Galera do Grau, Massa Crítica Campinas, Bike Zona Leste, Mais Bicicletas, ABC Ciclovias e Fixed Gear BNU, envolvendo 270 participantes.

No que diz respeito à oportunidades de trabalho, foram gerados 255 empregos diretos, dos quais 34% foram ocupados por mulheres cis, 6% por pessoas LGBTQIAP+, 15% por homens cis e 45% não se classificaram. Adicionalmente, 3% dos colaboradores tinham algum tipo de deficiência.

A Zona Leste da capital paulista iniciou com uma programação diversificada, incluindo oficinas de mecânica de bicicletas com Bike Stel, Rodinha Zero e Bike Favela , pedaladas com o Bike Zona Leste, apresentações musicais e de dança com Choro da Leste, Baque CTDJ Gigo e “Hip Hop no Trem”, além da peça teatral “Ensaio para Dois Perdidos”. As oficinas culturais e educativas contaram com stencil com Monta Mona, serigrafia com Valeska Catherine e graffiti com Videira, junto com grafitaço das Minas ZL e live painting com Kaio Vício Tinta.

Após São Paulo, o evento chegou a Campinas, destacando as conexões entre mobilidade urbana e inclusão social, com ênfase na diversidade e representatividade. A programação incluiu apresentações musicais instrumentais e música caipira, além de  11 intervenções artísticas de graffiti eda peça teatral “O Carteiro e a Bicicleta”, da Cia Sabatino. Oficinas do Coletivo Transmasculino de Campinas e de graffiti com MISS completaram o evento, que contou com a discotecagem da DJ Duda Crespa.

O Festival também aconteceu em Fortaleza, no Grande Mucuripe, com uma agenda diversificada e inclusiva: hip hop, chorinho e outros estilos musicais foram  apresentados por grupos como “Circo Alegria”, “Laudos”, “Trilha Sonora do Morro”, “Samba de Odé” e “Não Insistas, Rapariga”. O evento contou ainda com pedaladas organizadas pelo coletivo Servilost, e as oficinas de pintura “Cria e Tinta” e de lambe-lambe “Lambendo Memórias”, tudo sob o comando da DJ Bugzinha.Graffiti, manutenção gratuita de bicicletas e ação de acessibilidade “Bike sem Barreiras” também foram destaques.

“Eu tô vivenciando um negócio totalmente fora do comum. Primeiro que a gente tá dentro de um evento que está valorizando justamente a cultura periférica e também a mobilidade urbana. E tudo isso tá acontecendo dentro de uma comunidade histórica pra gente”, Carlin, participante do Bike Arte Brasil edição Fortaleza.

O Bike Arte Brasil chegou a Blumenau com uma programação diversificada e inclusiva, destacando a diversidade racial, de gênero e de expressões artísticas. Foram três apresentações musicais instrumentais: Fevereiro Sounds, Suelen Mondini Solo e Duo Boss Music, abrangendo groove, funk, rap, reggae, jazz e bossa nova. A peça teatral “Aquelas que Moram Nela”, da Dengo Produções, explorou temas de ancestralidade.. Intervenções urbanas incluíram performances de breaking com o  QDR Crew, poesia falada com o  Slam Descoloniza Blu, musicalidade de capoeira com o  Movimento Canto com Axé, e graffiti com quatro artistas locais.

Para fechar, a capital escolhida foi Manaus, uma das piores para ciclistas, pois falta sinalização, fiscalização de velocidade e políticas públicas. Com foco total no território do Jorge Teixeira I, esta edição do festival contou com a manutenção comunitária de bicicletas, oficinas de graffiti com Wira Tini e Dayo Nascimento, performances de BMX Flatland e capoeira com o  grupo Vôo da Lúna. Apresentações artísticas incluíram o Espetáculo Bumba Meu Boi, com Espatódea Trupe, Maracatu Pedra Encantada e shows de Abner Viana Quinteto, Banda Paricá, o grupo Panorando, além de breaking com Ritmo 3 Crew e Nativos Crew, recreação infantil e  oficina “Ciclo Favela”, com o  coletivo Desemboca e Casa Verde Cultural.

Cada edição do Bike Arte Brasil demonstrou um compromisso firme com a acessibilidade, adaptando os locais dos eventos para receber pessoas com deficiências diversas e oferecendo interpretação em LIBRAS. “Vi meu filho autista andando de bike, e eu não consigo descrever o que estou sentindo agora. Eventos como esse, além de contribuir muito pro território, contribuem para a vida das pessoas”, comemorou Raphael Salustiano, participante do Bike Arte Brasil edição Campinas.

O Bike Arte Brasil é uma iniciativa do Instituto Aromeiazero, realizada via Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, com o patrocínio da Rede, empresa de meios de pagamentos do Itaú Unibanco, Smurfit Westrock, e Ticket Log.

O Instituto Aromeiazero segue em captação de patrocínios e apoios para seguir rodando por aqui,  mas no segundo semestre deve ser anunciada uma nova pedalada em mais cinco cidades. Para saber mais, acesse: https://aromeiazero.org.br/bikearte/.

São Paulo:

Apoio
Secretaria do Verde e Meio Ambiente.

Campinas:

Apoio
Cisguanabara
Secretaria de Cultura e Turismo de Campinas

Fortaleza:

Apoio
Prefeitura de Fortaleza
Mozzi Salgados
Richester
Cagece

Blumenau:

Apoio
Nathor
Bar Mercearia Pracinha
Vottri Congelados
Secretaria Municipal do Esporte

Manaus

Apoio
Aihhuam – Associação Intercultural De Hip Hop Urbanos Da Amazônia
Associação Ciclística Pedala Manaus
Caloi
Instituto União, Força E Trabalho

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